domingo, 22 de abril de 2012

POBRE HOMEM


Um homem caminhava cambaleante,
Ultrajado e ferido em seu orgulho,
De sua boca saia um grito silencioso;
Olhar triste e desesperançoso.


Nada se entendia em sua angustia,
Angustia suplicantemente doentia.
O olhar pálido de um moribundo,
Sofrimento imposto por nosso mundo.

O ultrajante declínio moral do ser humano
Em uma sociedade suja e imoral,
Que castiga implacavelmente seu cidadão
Deixando-lhe indefeso e sem reação.

Pobre homem que grita em silencio,
Desesperado em seu pedido de socorro
À espera de uma única e simples moeda,
Que o faça dar mais um passo nesta vida.


Sobrevivência torturante e dolorida
Em seu corpo e em sua alma,
E o próximo esta tão próximo e finge não ver
Uma mão estendida se fazendo perceber.

Sua sina me deixa sem rima;
Siga seu destino meu irmão
E que DEUS nos dê seu perdão.




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