sábado, 1 de outubro de 2011

SEM NOÇÃO

Todo mundo corre pra mim,
todo mundo, todo mundo;
a podridão: a vida sem noção,
a dignidade num poço sem fundo;

Me divido em partes ruins,
Meu coração amargo
Dou à multidão sem pão,
Minhas entranhas estranhas,
Cozidas, à elite sem noção.


Sem vontade de mim,
Apodreço minha parte boa:
Tristeza e agonia;
Um cérebro que delira e caçoa.


A derrota da inteligência

Estúpida e burra,
Como um rio e sua terceira margem,
Somente mente e mata:
O povo e a linguagem.

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